A empatia pode transformar o mundo

A empatia pode transformar o mundo

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Para iniciar esse artigo é importante esclarecer de uma forma simples o real significado da palavra empatia. No contexto geral e simplista, empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, buscando compreender desejos e emoções, para um entendimento do  sentimento ou comportamento de outras pessoas. O poeta inglês, John Donne, que viveu entre os séculos XVI e XVII, já dizia que nenhum homem é uma ilha, mas apenas a parte de um todo.

Partindo desse preceito, podemos concluir que a empatia nada mais é do que, assumir o papel de outro indivíduo na tomada de atitude e decisões, analisando o impacto ou o resultado que a ação desencadeará.

Segundo estudos da neurociência, nós somos seres empáticos por natureza, ela é inata a todo ser humano, mas precisa de estímulo e treinamento. Nosso cérebro é “moldável”, ele pode e deve ser treinado e exercitado, estimulando e criando novas rotas neurais.

Voltando um pouco agora ao texto em si e sua motivação, hoje percebo que o grande problema da sociedade está na falta da empatia, ou seja, na ausência do entendimento dos indivíduos envolvidos em todas as ações que vamos tomar e suas consequências sobre o todo.

Pensemos nos principais problemas do mundo atualmente: corrupção, violência, preconceito, intolerância religiosa e étnica, aquecimento global, fome, desrespeito aos direitos humanos, entre tantos outros. Perceba que, apesar de diferentes, todos estão interligados, são sistêmicos e se retroalimentam o tempo todo, mas acima de tudo, todos eles poderiam ser evitados com apenas uma atitude: a empatia. O desenvolvimento da empatia está no cerne do esforço para a resolução de todos os problemas do mundo.

Em um mundo com cada vez mais distanciamento entre as pessoas, gerados pela tecnologia, a empatia se torna uma das principais competências da liderança para o futuro, pois carrega consigo outras competências, como: criatividade, inovação e pensamento sistêmico mais apurado, pois nos dá a capacidade de olhar o problema por diversos pontos de vistas diferentes, aumentando consideravelmente a chance de encontrar uma solução efetiva.

Recentemente, assistindo ao documentário “The Mask You Live in”, que aborda o comportamentos dos homens e sua formação desde a infância, de acordo com o estereótipo que a sociedade impõe, que aliás tem tudo a ver com “empatia”; uma frase me chamou a atenção: “O desafio de todo homem é a busca de como reconectar o coração à cabeça!”. No caso do documentário em si a frase está ligada diretamente ao homem, como ser masculino, mas nesse artigo trago a frase para o sentido do ser humano, precisamos reconectar nosso coração à cabeça, isso é empatia, é altruísmo. A pessoa que tem comportamento altruísta, consegue agir de forma empática, ela busca pensar no próximo, sem esperar nada em troca, apenas pensando no bem comum.

Precisamos saber enxergar além do egocentrismo e de nossos interesses, e permitir que nossa capacidade psicológica interprete todos os que estão envolvidos em nosso meio. É vital saber ouvir, se interessar pelo outro, seja o outro uma pessoa próxima ou não, agindo de acordo com os nossos princípios morais e éticos. No campo da psicanálise, por exemplo, o entendimento da palavra em questão está ligado à capacidade do profissional de identificar e se colocar no lugar do paciente, podendo assim haver uma conexão entre ambos, para que o tratamento ocorra de forma íntima e eficaz.

Pense, se questione, como você sentiria no lugar da outra pessoa? A sua atitude vai interferir de forma negativa sobre ela? O comportamento humano foi e sempre será um grande mistério, mas à partir do momento que conseguimos ter ativa em nosso intelecto a capacidade empática, com certeza o mundo será melhor e mais justo. Parece um sonho que isso aconteça, mas prefiro me manter um sonhador, do que desistir de ter esperanças em um mundo melhor. Basta que cada um faça a sua parte!

Finalizo esse texto com uma fala do Papa Francisco, um homem que ultrapassa o limite de lider religioso, se tornando uma referência de humanidade e empatia: “Ajudemo-nos uns aos outros, todos juntos, para lembrarmos que o ‘outro’ não é uma estatística, ou um número. Nós todos precisamos uns dos outros.”, e completa: “Uma única pessoa é suficiente para que a esperança exista, e essa pessoa pode ser você!”.

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Joel Prado Profissional de MKT e Especialista em Gerenciamento de Projetos

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